segunda-feira, 14 de novembro de 2011

GENEROS TEXTUAIS TRABALHADO NA SALA DE AULA.

Quais os gêneros textuais que trabalhamos atualmente


EFEITO DISCURSIVO DO GÊNERO TEXTUAL NO ENSINO DE LÍNGUA
Muito se tem discutido a respeito de como trabalhar textos nas escolas por esta não ser uma tarefa fácil. Encontra-se nas salas de aulas uma forte resistência, da parte dos alunos, em relação à leitura e a produção de texto. Para muitos estudantes, a ação de expressar suas idéias oralmente é considerada algo totalmente natural, no entanto, o ato de reproduzir essas idéias em forma de texto representa um trabalho árduo e penoso. Esta comunicação tem por objetivo apresentar um trabalho com tipos e gêneros textuais trabalhados em situação real de ensino, na perspectiva da Mediação Dialética, com alunos do Ensino Médio.
2. Pressupostos Teóricos
2.1 Metodologia da Mediação Dialética (Arnoni, 2003)
A Metodologia da Mediação dialética (Arnoni, 2003) consiste numa proposta metodológica capaz de estabelecer relações entre diferentes saberes e de propor aulas diferentes, mais atrativas. Didaticamente, a “Metodologia da Mediação Dialética” é composta por etapas, interligadas e interdependentes, denominadas de Resgatando/Registrando, Problematizando, Sistematizando e Produzindo, representado pelo diagrama abaixo:
Texto e gênero textual: uma realidade possível
Ao eleger o texto (de modo mais amplo, o gênero textual) como objeto de estudo, é de extrema importância que o professor de língua tenha pleno conhecimento e domínio do que seja e como pode trabalhá-lo em aula sob uma perspectiva sociointeracionista (Bronckart, 1999, 2008; Schneuwly e Dolz 2004). Ou seja, aborde a língua como trabalho social, como interação verbal. Quando nos referimos a texto, estamos pensando em uma materialidade linguística de variada extensão, que constitui um todo organizado de sentido, isto é, seja coerente e adequado à comunicação (tanto oral quanto escrita) a qual se propõe, em determinada situação social. Trata-se de uma produção verbal que exerce adequadamente sua funcionalidade comunicativa. Para Koch (2003, p.31), o texto consiste em uma manifestação verbal, constituída de elementos lingüísticos de diversas ordens, selecionados e dispostos de acordo com as virtualidades que cada língua põe à disposição dos falantes no curso de uma atividade verbal, de modo a facultar aos interactantes não apenas a produção de 103

Para a Linguística, os gêneros textuais englobam estes e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também identificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tantos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa sociedade.
Quanto à forma ou estrutura das sequências linguísticas encontradas em cada texto, podemos classificá-los dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e estilos composicionais.                                                                                      

Fonte
Cleide Inês Wittke
Alessandra Baldo


 Classificação Textual

É importante ressaltar aqui que, ainda hoje, muitos educadores, inclusive
professores de Língua Portuguesa, e até mesmo alguns livros didáticos
recomendados pelo MEC, usam indistintamente os termos tipos, espécies, modos, modalidades para fazer a classificação textual. Apesar de o trabalho com produção textual ser uma atividade antiga, o estudo científico dessa área de atuação da  Língua Portuguesa é considerado recente. Brandão (2001:19) diz que a lingüística, enquanto ciência específica “é recente e a sua preocupação inicial foi com as unidades menores que o texto (o fonema, a palavra, a frase). Na medida em que ela passa a se preocupar com o texto, começa a pensar na questão do gênero”. O trabalho com textos em sala de aula ganhou uma enfoque especial no momento em que os PCNs de Língua Portuguesa evidenciaram a sua importância


 A diferença entre tipos e gêneros textuais
Nota-se que na escola, a diferença entre tipos e gêneros textuais ainda não está clara para nem para os alunos nem para os professores. Para definir esse aspecto teórico e terminológico, Marcuschi (2002:22) apresenta uma breve definição das duas noções:



Tipos Textuais Gêneros Textuais

1. Realizações lingüísticas concretas definidas por
propriedades sócio-comunicativas;
2. Constituem seqüências lingüísticas ou seqüências de enunciados no
interior dos gêneros e não são textos empíricos;
2. Constituem textos empiricamente realizados cumprindo
funções em situações comunicativas;
3. Sua nomeação abrange um conjunto limitado de categorias teóricas
determinadas por aspectos lexicais, sintáticos, relações lógicas, tempo
verbal;
3. Sua nomeação abrange um conjunto aberto e
praticamente ilimitado de designações concretas
determinadas pelo canal, estilo, conteúdo, composição e
função;
4. Designações teóricas dos tipos: narração, argumentação, descrição,
injunção e exposição;
5. Exemplos de gêneros: telefonema, sermão, carta
comercial, carta pessoal, aula expositiva, romance,
reunião de condomínio, lista de compras, conversa
espontânea, cardápio, receita culinária, inquérito policial


Nessa perspectiva, a ação de ensinar não constitui a mera transmissão (declamação) do saber científico e nem a simplificação deste. O ensinar deve estar compromissado com o aprender e, para isso, torna-se necessário realizar a conversão do saber científico em conteúdo de ensino, para que ele se torne ensinável (ensino-professor), assimilável (aprendizagem-aluno) e preservador do saber científico (socialização do saber cultural). Esse complexo processo de conversão expressa-se na “Metodologia da Mediação Dialética” e preconiza os processos de ensino e de aprendizagem, na perspectiva da mediação dialética, centrados na problematização de situações capazes de gerar contradições entre o ponto de partida (imediato) e o ponto de chegada (mediato) dos processos, provocando a superação do imediato no mediato, possibilitando, assim, a aprendizagem por compreensão, pelaelaboração de sínteses cognitivas (saber aprendido).

O USO DOS GÊNEROS TEXTUAIS EM AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA NUMA PERSPECTIVA DE DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS TEXTUAIS
RESUMO:
É comum ouvir alunos dizerem que não gostam de ler e que acham desestimuladoras as aulas de Língua Portuguesa, as quais continuam sendo trabalhadas, na maioria das vezes, de forma tradicional. Baseado nesse pressuposto, o presente trabalho aborda as várias possibilidades de utilização dos Gêneros Textuais, destacando aqueles ligados a tecnologia digital, como instrumento didático para as citadas aulas, a fim de fomentar nos educandos o interesse pela leitura, contribuindo no desenvolvimento de competências comunicativas e textuais. Para a realização deste trabalho, utilizou-se uma abordagem teório-metodológico de caráter exploratório. Para isso embasamo-nos teoricamente em Marcuschi (2000), Sarmento (2008), Koch (2006), Magalhães (2008), nos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN’s (1999), Xavier (2005), Bakhtin (1992), Bagno (2007), Bezerra (2007) e Bronckeart

segunda-feira, 3 de outubro de 2011